sexta-feira, 20 de março de 2009
"FORAGIDOS"
O tempo; esse 'sujeito' que nos rodeia, de forma contínua e inexorável; exibe-se agora para nós de forma agradável e sedutora, sinalizando a alegria possível, a esperança vindoura, o prazer de viver.
Então eu, ser cheio de idiossincrasias, poderei me recompor, me resgatar, me perceber inteira de novo, com possibilidades efetivas de sorrir, de esperar, de fazer as pazer comigo mesma.
E essa diferente cronometragem nos faz sentir um novo ar, uma brisa, uma carícia do tempo para nós, viajandantes calejados da espera.
Ele dorme... a noite começa a tomar corpo... o barulho dos carros diminuem... um bêbado canta enrrolado o que ele nem sabe o quê, um bebê chora ao longe...,os sons lá fora diminuem e o toque no teclado passa a ser uma sinfonia de tics, tics; na TV; nada, só informação vazia, para um público que, absorto olha hipnotizado para a caixinha encantada, que nos cospe as migalhas do que acontece no mundo.
Fumo...enquanto; esperando o sono chegar; vou lendo minha xará Simone Duarte, e ouvindo baixinho Anita Baker cantar...
Das noites
Na loucura da vida intensa,
Da paixão que vence,
Da noite em claro,
Dos beijos,
Dos abraços,
Dos momentos em que o céu parece tão próximo,
Das coisas todas que os amantes sentem,
Dos sentimentos tantos e todos,
E muitos e locos,
Dos medos,
Do preenchimento,
Do que vem,
De não saber o que vem,
Mas de seguir...
Querer sentir,
Querer viver o que é bom, o que encanta, estimula, excita,
O que vibra e reverbera durante o dia.
Do eco que fica,
Do corpo ainda úmido...
Da boca ainda molhada,
Da pele marcada,
Do perfume...
Do toque tatua a pele,
Da alegria,
Da bobagem dita,
Da gargalhada linda,
e freqüente... que observo,
Do gestual,
Do movimento,
Do olhar, dos sons,
Do silêncio,
Do ser...do estar...
Do querer...
Que não quero esquecer
São tantas coisas...
E tão intensas,
Como vício...
Tão boas e queridas e,... que me fazem feliz.
Simone Duarte
Namastê.
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